tic tac.

Eu sempre acho que as coisas nunca podem ficar piores. Mas o esquema é que na real, elas sempre podem, e quando a gente pensa que não elas sempre ficam. Eu reclamava que não conseguia dormir o tempo necessário só com o trabalho e com a faculdade. Bem, me engajando nos temas da perestroika, dormir é o que eu não tenho feito. Mas a sensação de estar fazendo algo realmente legal, me dá pilha as 2 horas da manhã de uma segunda feira pra montar e fotografar as coisas com o pessoal. É o mesmo gás que me levou virar uma noite na semana passada e ir pra aula no dia seguinte. O problema é que eu realmente sinto a idade pegando, hahahaha. Meu fôlego de 18 anos, bixo da famecos, festa todos os dias não é mais o mesmo. Diria que eu troquei as festas por algumas horas de descanso pra relaxar, alguns sábados à noite - ao contrário da usual saída dos tempos agitados - até trabalhos eu tenho feito, tamanha a correria da semana procurando achar um modo de ganhar um tempinho. Eu realmente era feliz e não sabia quando não tinha uma série de cobranças, mas também, quem disse que chegar uma época de responsabilidades também não é legal? Ok, admito que só penso assim raramente, e na maioria dos dias só quero chutar tudo pro alto. Mas me sinto mais útil para o mundo e, principalmente, para mim mesma. Eu bem que ri, quando ano passado um amigo meu disse que não saía durante a semana porque achava muito pesado acordar no outro dia, hoje, ele ri de mim que em certas ocasiões acho pesado até sair no sábado.

Sonho de consumo do dia: um bangalô qualquer na praia, com rede, muito sol, ventinho de mar, toalha na areia pra deitar, cheiro de sundown, som tocando bossa'n'stones ou um RHCP, uma caipirinha de morango, uns amigos e claro, aquela minha companhia. E só sair de lá pra tirar uma sesta, mas voltar e ficar até a noite começar a aparecer. De noite, se arrumar pra sair com o pessoal, de cabelo molhado que seca logo, cheiro de hidratante e música muito alta.